Fundação

Na década de 1950 um grupo de amigos, moradores do bairro campo comprido, coordenados por Nêne Bom, Arnaldo Zilli, Orlando Zilli, Luís Carlos Biazetto, Carlos Tortatto e  Arlindo Zilli, se reuniram no bairro Campo Comprido para formar um time de Futebol.
Para escolherem o nome do time colocaram várias sugestões em uma urna e realizaram um sorteio.
Assim nasceu, no ano de 1953, o “SANTOS CAMPO COMPRIDO”, que mesmo sem nunca ter disputado um torneio oficial é um dos mais tradicionais clubes de futebol amador da região.
No início o número das camisas era escrito em cartolina e a maioria dos jogadores jogava descalço porque não tinha chuteiras.

(baseado em declarações de Arnaldo Zilli, um dos fundadores)

Nossa História

No inicio desta década a sede do time foi transferida para chácara da família da Sra. Amália Bom (avó de Nêne Bom). Foi nesta época que o Santos conseguiu seu primeiro uniforme que foi doado pelo Sr. Plínio Costa, político da época muito ligado ao Sr. Isidoro Biazetto, incentivador do esporte de do time do Santos. Outro fato marcante foram as reuniões semanais, fogueiras de São João e festas de fim de ano que eram realizadas na casa do Sr. Auzilio Zilli (pai do Arnaldo e Arlindo), que também foi um grande apoiador do time. Entre os Principais adversários da época destacam-se o Caxias (time do Bizinelli), o Maracangalha (time do bairro) e o Juventus-Batel (chamado na época de Moleque Travesso). O time realizava treinamentos  todos os sábados para jogar aos domingos. Ainda nesta década o time mudou mais uma vez de sede, agora se transferindo para o terreno do Sr. Luiz Bom (pai do Nêne Bom), onde permaneceu até 1982.

Era comum o time sair para jogar na “casa” dos adversários. O Santos esteve em diversos campos de Curitiba, Araucária e Campo Largo, destacando-se os jogos contra o time do Bugre, Ferraria, Rebouças, Itaqui, São Braz, Orleans, Imperial, Vila Sandra, Cruzeirinho, Bloco, dentre outros. O Santos jogou também na cidade de Monte Castelo no Estado de Santa Catarina.

Em 1981 foi iniciada a construção  do que é até hoje a sede do Santos. um campo pequeno mas elegante e com um gramando impecável. O campo foi construído com grande esforço de todos os integrantes da equipe da época no terreno pertencente a Família Bage. Em 1983 foi Concretizada a tão sonhada inauguração.

Esta década foi marcada pelos jogos realizados em nosso campo. Os jogos eram realizados em sua maioria aos domingos pela manhã. Foram muitos os times adversários que nos visitaram neste período.Eram sempre realizadas duas partidas, já que o time foi dividido em primeiro e segundo quadro. O segundo quadro eram composto pelo pessoal mais velho e o primeiro pela força máxima do elenco.

Os jogos deixaram de ser realizados aos domingos, passando a ocorrer nas tardes de sábado. O foco principal deixou de ser trazer times de fora pra competir e as partidas passaram a serem disputadas em maioria entre  os integrantes do próprio elenco, valorizando ainda mais o espírito de amizade e confraternização. Jogos contra adversários ainda são realizados em datas festivas do Clube.   A partir de 2010 equipe adotou a  sigla SCC (Santos Campo Comprido), com objetivo de fortalecer o vínculo da equipe com o bairro que o acolhe.

Alguns fatos que marcaram a história

Anos 60

⇒⇒⇒No dia 1º de maio de 1963 o Santos venceu o time da alfaitaria e sapataria Canguiri na casa do adversário, onde ganhar era mui difícil. Quinze dias depois recebeu uma taça que guarda até hoje com muito carinho com os dizeres “ao Santos F C, um lembrança do time da sapataria e alfaiataria da escola de recuperação de menores do Canguiri”.

⇒⇒⇒Na época, quando um time ganhava uma taça, havia uma tradição que era encher a mesma de cerveja , fato conhecido como “molhar a taça”. Aconteceu que após uma vitória do Santos em jogo no campo do Drulla (Bürguel), na Vila Sandra, ocorreu uma situação inusitada, toda cerveja colocada no troféu durante o tradicional ritual vazou por causa de vários furos existentes no troféu (os adversários haviam furado a taça).,

Anos 70

⇒⇒⇒Foram disputados vários torneios na “Casa São Francisco”.  Essas competições eram tradicionais no bairro naquela época.

⇒⇒⇒Em um jogo no bairro Santo Inácio, contra o time local, o Santos ganhava por um a zero (detalhe – o campo ficava em uma “ribanceira”). Como a  partida estava muito disputada e o placar era favorável Chico Zilli, lateral do Santos, resolveu aproveitar as características geográficas do campo, ou seja, bola que chegava até ele ia imediatamente para mato.  Os adversários irritados diziam todo momento (piá sarna, só joga bola na barroca”. Mesmo assim, nos últimos minutos o Santos cedeu o empate.

Anos 80

⇒⇒⇒Uma das vitórias que até hoje é muito comentada no clube foi o título conquistado em um torneio que tinha participação de 20 equipes. a competição ocorreu no campo do Vila Sandra em 1º de maio de 1982.

⇒⇒⇒Duas partidas também são lembradas com muito entusiasmo pelos jogadores dessa época. A primeira foi um jogo contra um time do bairro Água Verde onde o Santos perdia por 4 a 1 e virou o placar nos minutos finais e a segunda foi uma vitória de virada sobre a equipe do mercado Reis, o time conhecido por ter muitos “boleiros”  e que estava invicto a várias partidas. O pessoal costuma dizer que “foi de tremer o estádio”.

⇒⇒⇒Teve um jogo, no atual campo do Santos, que o time adversário trouxe um goleiro profissional (jogava no interior de São Paulo) que estava passado férias em Curitiba e realmente era “um  raio no arco”. No segundo tempo entrou no time do Santos o “Nêgo Roberto” que era deficiente físico. Num lance próximo ao gol nosso atleta foi dar um passo para se movimentar e enganou o goleiro, que não sabendo da deficiência pensou que iria chutar, saltando para o canto esquerdo. Como o canto contrário ficou aberto o Roberto simplesmente rolou a bola que foi tão fraca que mal chegou a passar a linha do gol deixando o bom goleiro sem ação.